A Invenção do CTRL-ALT-DELETE
Inventor do CTRL + ALT +DEL se aposenta
David Bradley, 55, gastou cinco minutos para criar
o código de computador que há décadas salva muitos usuários de PCs. Ele
é o criador da combinação de teclas Ctrl+Alt+Delete, que força
computadores obstinados a reiniciar o sistema quando não respondem a
mais nenhum comando.
Agora o engenheiro anuncia sua aposentadoria, após 28 anos e meio na IBM
Bradley entrou para a companhia em junho de 1975. Em 1980, foi um dos 12 funcionários envolvidos na criação do PC da IBM. E atualmente trabalha nas instalações da IBM no Research Triangle Park.
Os engenheiros reconheceram a necessidade de desenvolver uma maneira simples de reiniciar um computador quando ele travasse. E Bradley então escreveu o código.
"Não imaginei que me tornaria um ícone cultural", disse Bradley. "Fiz
muito mais coisas que o Ctrl+Alt+Delete, mas fiquei famoso por causa
dele."
Sem graça
E sua fama depende do fracasso de outros.
Durante a festa de comemoração dos 20 anos do PC da IBM, Bradley estava
em um painel juntamente com Bill Gates e outros famosos do mercado de tecnologia. E a discussão se voltou para o código de sua criação.
"Eu posso ter criado o código, mas foi o Bill que lhe deu a fama", disse Bradley.
Mas Gates não achou graça na piada. A combinação das teclas também é muito usada quando um software, como o sistema operacional Windows, da Microsoft, paralisa.
Futuro
Bradley disse que continuará dando aulas na NC State University.
Fonte:
http://www.abcdainfo.hpg.com.br/curiosidades.htm
A História do Mouse de Computador
O mouse de
computador foi criado por Douglas Engelbart, em 1968, resultado de um projeto que durou cinco anos.
Engelbart, nascido em 30 de janeiro de 1925, no Oregon, EUA, trabalhou no Instituto de Pesquisa de Stanford, onde
desenvolveu o "ratinho de
mesa".
Sua primeira versão era feita de madeira, movia-se sobre pequenas rodas e tinha apenas um botão.
A popularização do equipamento, tão indispensável hoje, começou bastante tarde, quando em 1982 a Appel lançou o
sistema de "apontar e clicar", mesmo ano em que ganhou mais uma tecla.
A origem do símbolo @
Na Idade Média, os livros eram
escritos à mão pelos copistas. Os copistas simplificavam o trabalho
substituindo letras, palavras e nomes próprios por símbolos, sinais e
abreviaturas, e o motivo era de ordem económica: tinta e papel eram
então valiosíssimos. Com o recurso do entrelaçamento de duas letras, os
copistas
criaram o símbolo @ para substituir a preposição latina ad, que tinha, entre outros, o sentido de em “
casa de”.
Veio a imprensa, foram-se os copistas, mas o símbolo @ continuou a ser
usado nos livros de contabilidade. O @ aparecia entre o número de
unidades de mercadoria e o preço por exemplo: o registro contábil 10@£3
significava 10 unidades ao preço de 3 libras cada uma. Nessa época, o
símbolo @ já ficou
conhecido, em inglês, como at (a ou em).
No séc. XIX, nos portos da Catalunha, o
comércio
e a indústria procuravam imitar as práticas comerciais e mensuráveis
dos ingleses. Como os espanhóis desconheciam o sentido que os ingleses
atribuíam ao símbolo @ (a ou em), acharam que o símbolo seria uma
unidade de peso. Para esse entendimento colaboraram duas coincidências: a
unidade de peso comum para os espanhóis na época era arroba, cujo a
inicial lembra a forma do símbolo; os carregamentos desembarcados vinham
frequentemente em fardos de uma arroba.
As máquinas de escrever, na sua forma definitiva, começaram a ser
comercializadas
em 1874, nos Estados Unidos. O teclado tinha o símbolo comercial @, que
sobreviveu nos teclados dos computadores. Em 1972, ao desenvolver o
primeiro programa de correio electrónico (e-mail), Ray Tomlinson
aproveitou o sentido do símbolo @ (at), disponível no teclado, e
utilizou-o entre o nome do usuário e o nome do provedor. Assim,
Fulano@ProvedorX ficou significando Fulano no ProvedorX.
Em diversos idiomas, o símbolo @ficou com o nome de alguma coisa
parecida com sua forma: em italiano, chiocciola (caracol); em sueco,
snabel (tromba de elefante); em holandês: apestaart (rabo de macaco);
noutros idiomas, tem o nome de um doce em forma circular: shtrudel, em
Israel; strudel, na Áustria; pretzel, em vários países europeus.
Fonte:
http://www.ead.pt/blog/?p=261#more-261
A bizarra história de uma criança que se perdeu dentro de um computador em 1950
Há algum
tempo atrás, os editores do TNW colocaram um
post
na Web que era um agrupamento de experiências de computação. No
entanto, uma vez que a mensagem foi para a internet, um dos editores
recebeu um e-mail que continha histórias sobre as primeiras interações
dos leitores com um computador e também histórias sobre os primeiros
computadores do mundo.
Uma das primeiras histórias falava de um homem que se perdeu dentro de um
computador.
A história só foi mencionada de passagem durante a primeira
correspondência, mas depois o editor foi colocado em contato com o homem
em questão, e a história se mostrou hilariante.
Imagine a década de 1950, quando os computadores começaram a ser construídos e leia essa história:
“Em 1950, eu tinha 10 anos, e estava visitando o campus da
Universidade Estadual de Michigan. O computador estava no chão,
desligado. Era um computador muito grande, quase metade do tamanho de um
ginásio. Então, eu entrei no computador e andei para cima e para baixo
olhando para os tubos de vácuo até que eu fiquei preso lá dentro. Eu não
conseguia ver a porta, e não lembrava o caminho para voltar para fora.
Eu estava literalmente "perdido dentro do computador". Então eu
continuei andando, e finalmente encontrei a porta de saída.”
Depois de lerem esta história, os editores passaram a tentar descobrir o nome do computador em que a criança teria ficado presa.
Outras histórias também chegaram aos editores. Veja abaixo outro caso:
“Minha experiência começou com o IBM 1620, mas depois logo se voltou
para o IBM 1130 na Ohio State University. Com todos os acessórios, o
1130 era uma máquina de $ 1.000.000. Como estudante, colocar as mãos
nesse computador era um privilégio raro.”
Esses dois exemplos mostram como eram os primeiros computadores da história:
grandes, lentos e valiosos. Um cenário bem diferente do que temos hoje.
Afinal, ninguém poderia se perder dentro de um de nossos modernos computadores, não é mesmo?
Fonte: Thenextweb.com
Como funciona um HD
O disco rígido ou HD (Hard Disk), é o dispositivo de armazenamento de dados mais usado nos computadores.
Nele, é possível guardar não só seus arquivos como também todos os dados do seu sistema operacional, sem o qual você não conseguiria utilizar o computador.
Acesse o link abaixo e assista um vídeo sobre como funciona um HD:
O primeiro computador
O primeiro
computador eletromecânico, o chamado Z-1, usava relês e foi construído pelo alemão Konrad Zuse (1910-1995) em 1936.
Zuze tentou vendê-lo ao governo para uso militar, mas foi subestimado pelos nazistas, que não se interessaram pela máquina.
Pai do E-mail
Ray Tomlinson, o primeiro a conseguir enviar uma mensagem de um computador a outro, por meio de uma rede, usando o símbolo @
Ele não foi exatamente uma invenção acidental, mas certamente foi uma que seguiu uma trajetória inesperada para a glória.
Há trinta anos, com uma margem de erro de um ou dois meses, Ray
Tomlinson, um modesto cientista da computação da Bolt, Beranek &
Newman, uma empresa de engenharia de Cambridge, Massachusetts, sentou-se
em seu computador e escreveu uma mensagem relativamente simples no
programa que permitia que mensagens eletrônicas viajassem de um
computador para outro.
De lá para cá, o e-mail tornou-se um elemento tão presente na vida de
tantas pessoas que é difícil imaginar a vida sem ele. Segundo a
International Data Corp., cerca de 9,8 bilhões de mensagens eletrônicas
são enviadas diariamente. O e-mail tornou-se o esteio das comunicações
das empresas. É a cola que mantém grandes famílias unidas.
Relacionamentos românticos encontram tanto saída quanto consolo nele.
De certa forma, observou Nico Macdonald, um diretor da Spy, empresa de
pesquisa com sede em Londres, o e-mail tornou-se a mídia definitiva por
meio da qual os humanos utilizam computadores -para organizar grupos de
discussão, entregar artigos de notícias, confirmar compras, indicar
atualizações em páginas de Internet ou jogar xadrez. Ou como ele
colocou, na linguagem da era da Internet, "o e-mail tornou-se todo um
ambiente de informação pessoal".
Estes são apenas os aspectos óbvios da vida com e-mail.
Em dezenas de outras formas menos óbvias, o e-mail mudou profundamente a
forma como as pessoas se comunicam, assim como suas propriedades únicas
o colocaram em um lugar singular entre as formas de interação humana.
Os inventores do e-mail não estavam necessariamente pensando nas
vantagens menos evidentes da mídia -que faz problemas de fuso horário
desaparecerem, ou que pode ser um guia virtual para transporte de
documentos, fotos e videoclipes. Estes são os benefícios que continuam a
estimular seu uso, com um número de usuários em todo o mundo estimado
em centenas de milhões.
E há os riscos. O que você posta em um mural ou mala direta pode
aparecer em arquivos da Internet muitos anos depois. O apertar de uma
tecla errada pode enviar prematuramente uma mensagem para o ciberespaço
ou enviá-la para o endereço errado. Pior, abrir uma mensagem armadilha
pode tornar a pessoa vítima e transmissora involuntária de um vírus de
computador criado por um programador mal-intencionado.
E praticamente desde o princípio, o e-mail tornou-se algo atrás do qual é possível se esconder.
David Walden, um engenheiro que trabalhou na Bolt, Beranek & Newman
(BBN) com Tomlinson nos anos 1970, lembrou de um momento marcante para
ele. "Eu me lembro de quando percebi que podia pedir desculpas por
escrito por um problema e assim consertar uma situação", disse ele, "e a
pessoa com quem eu trabalhava não poderia me ver nem ler a minha
linguagem corporal, e assim não perceberia que na verdade eu não estava
arrependido".
O e-mail também é uma foto instantânea do humor de uma pessoa, dia a dia, ou até mesmo hora a hora.
"Um dos meus filhos salva os e-mails de todo o ano e depois os envia
de volta como uma espécie de flash-back do passado", disse Vinton Cerf,
um dos criadores da Internet e vice-presidente sênior da WorldCom, uma
empresa de serviços de comunicação. "Você não faria algo assim com
correspondência em papel, mas é fácil com o meio digital, eletrônico".
Com todos esses usos, o próprio volume de e-mails tornou-se gigantesco.
Parece claro que, assim como outras tecnologias anteriores, o e-mail não
apenas substituiu uma forma de fazer as coisas; ele criou sua própria
demanda. As caixas de entrada dos programas estão cada vez mais cheias
de spam (e-mails não solicitados) de estranhos e humor bem-intencionado
mas indesejado de amigos, assim como de pedidos de superiores em uma
única sentença, que resultam em horas de trabalho adicional, e anexos
gigantes enviados por colegas que precisam ser lidos imediatamente.
Mas as pessoas convivem com isto porque, por ora, elas não podem viver sem isto.
O pequeno achado de Tomlinson não foi exatamente o início do e-mail. Ele
já existia nos anos 60, quando cientistas da computação enviavam
mensagens eletrônicas dentro de sistemas interligados (time-sharing) -um
computador com muitos terminais.
Mas Tomlinson, que agora é o principal engenheiro da BBN Technologies,
foi aquele que tornou possível enviar um e-mail de uma máquina para
outra por uma rede de computadores. Apesar de ser conhecido por seus
programas, ele ficou realmente famoso por uma decisão simples que tomou
enquanto os escrevia.
Ele precisava de um forma para marcar a separação entre o nome do
usuário e o nome do computador no qual o usuário estava. Seu olho bateu
no símbolo @, que foi o que ele escolheu, sem saber que estava criando
um ícone para o mundo interligado. E igualmente sem saber que sua
primeira mensagem algum dia seria objeto de análise histórica, Tomlinson
disse que não recordar o conteúdo da primeira mensagem que digitou no
teclado.
Ao longo dos anos 70, o uso de rede de mensagens, como era chamada na
época, não cresceu exponencialmente, mas gradualmente como a própria
Internet. A Internet teve início como um ferramenta de pesquisa em redes
de computadores, e o e-mail era seu equivalente ao memorando entre
escritórios. Na verdade, a correspondência na Internet patrocinada pelo
governo e em sua predecessora, a Arpanet, devia se restringir a assuntos
oficiais.
Desde o início, as pessoas souberam como usar o e-mail em nome da
distração. Um dos primeiros mailing lists (lista de discussão), chamado
SF-Lovers, era dedicado aos fãs de ficção científica. Os usuários da
rede, tipicamente estudantes, começaram a empregar os e-mails para
jogar, fofocar, manter relacionamentos, acertar vendas de drogas ou
circular pedidos para o impeachment de Nixon.
Com atividades como estas, sem contar a paixão que acompanha o período
de estudos, o e-mail não se manteve uma mídia séria e comportada por
muito tempo. Walden lembra de ter visto o primeiro e-mail de insultos e
injúrias, que posteriormente passaria a ser chamado de "flaming"
(acalorado), em meados dos anos 70.
"Foi um insulto sujo de alguém do MIT (Instituto de Tecnologia de
Massachusetts), e nós reclamamos com o chefe dele que a civilidade ainda
era a norma, mesmo por e-mail", diz Walden. "É claro, isto ocorreu
algum tempo antes de ser batizado de 'flaming' e passar a não mais valer
a pena se incomodar em tentar para-lo".
Ler era simples, difícil era responder
No início dos anos 70, três quartos de todo o tráfego da Arpanet eram de
e-mails. E à medida que a mídia crescia, alguns voltaram sua atenção
para torná-la mais prática. Por exemplo, enviar e-mail era simples, mas
tentar lê-lo ou respondê-lo era um enorme transtorno. O texto aparecia
na tela de forma corrida, sem nada que separasse uma mensagem da outra. E
não havia a função de resposta.
Lawrence Roberts, que na época era o gerente do Information Processing
Techniques Office (escritório de técnicas de processamento de
informação) da Advanced Research Projects Agency (agência de projetos de
pesquisa avançada), resolveu o problema depois que seu chefe começou a
reclamar sobre o volume de mensagens que estava se acumulando em sua
caixa de entrada. Em 1972, Roberts produziu o primeiro gerenciador de
e-mails, chamado RD, que incluía um sistema de pastas, assim como a
função "excluir".
Outras melhorias ao sistema foram feitas por John Vittal, que nos anos
1970 era um jovem programador do Instituto de Ciências da Informação da
Universidade do Sul da Califórnia. Vittal passou muitas de suas horas
vagas trabalhando em um programa, que ele chamou de MSG. Ele incluía não
apenas o comando "excluir", mas também o comando "responder", que
permitia à pessoa responder facilmente uma mensagem. Seu programa
eventualmente tornou-se o padrão na Arpanet.
Cada vez mais a funcionalidade do e-mail foi assumindo as
características da correspondência convencional. Duas das criações de
Vittal foram as siglas "cc" e "bcc" - "cópia carbono" e "cópia carbono
oculta", designações cujas origens, no papel carbono que produzia cópias
para muitos, agora parecem parte da pré-história.
"Havia o sentimento de que para a melhor compreensão do usuário nós
precisávamos reproduzir as formas de comunicação escrita tradicionais
-memorandos, cartas, cartões", diz Vittal. "Traçar paralelos ajudou as
pessoas a entender o que podiam fazer".
O grande potencial do e-mail não passou desapercebido. O General
Accounting Office, uma agência de auditoria do governo, previu em 1981
que a correspondência eletrônica reduziria acentuadamente o volume de
correspondência convencional e que provocaria uma redução de dois terços
no quadro de funcionários dos serviços postais até 2000. (Mas sua
previsão foi equivocada: apesar da concorrência do e-mail e de outras
formas de comunicação, o volume de cartas dobrou nas últimas duas
décadas e a força de trabalho no setor postal cresceu em 20%.)
À medida que crescia o número de computadores em escritórios, surgiram
vários serviços comerciais de e-mail, nenhum ligado diretamente à
Internet. Mas todos eles fracassaram.
A MCI Mail, desenvolvida no início dos anos 1980 pela MCI, a empresa de
telecomunicações que agora faz parte da WorldCom, foi uma das tentativas
de maior visibilidade de introduzir o e-mail ao mundo dos negócios. Um
serviço elaborado e cheio de características, a MCI Mail estava muito à
frente do seu tempo. Não apenas os usuários podiam enviar mensagens
eletrônicas de até 500 caracteres por 45 centavos de dólar, mas por uma
taxa adicional a MCI também imprimia e enviava tais mensagens pelo
correio ou por um mensageiro.
O mundo estava tão desacostumado com as caixas de correio eletrônico que
a MCI Mail incluía um serviço de aviso no qual seus funcionários
telefonavam para os clientes para avisar que checassem sua
correspondência eletrônica.
Mas a MCI Mail, que surgiu em 1983, não pegou. Nem mesmo os Correios
tiveram sucesso com sua versão -a E-Com (correspondência eletrônica
gerada por computador), que surgiu em 1982 e foi abandonada em 1985.
"Foi muito difícil vender a idéia no mundo corporativo", diz Cerf, que
ajudou a desenvolver a MCI Mail. "A pergunta era sempre a mesma: 'O que é
um e-mail e por que preciso dele?' Mas era o mesmo que ser a primeira
pessoa no bairro a ter um telefone -'Ora, para quem vou ligar?'"
Finalmente, com o advento da World Wide Web e a abertura da Internet
para o tráfego comercial, a rede por si só tornou-se amplamente
acessível ao público em geral em meados dos anos 90. Nessa época, os
serviços online já forneciam rotineiramente aos usuários domésticos uma
conta de e-mail baseada em Internet. E não por coincidência, foi neste
período que a America Online começou a decolar.
Em 1996, 300 milhões de mensagens de e-mail eram enviadas diariamente e
cerca de 100 milhões de pessoas em todo o mundo utilizavam a mídia,
segundo estimativas da International Data Corp.
"Nós ficamos emocionados em 1979 quando 100 mil usuários estavam
enviando um punhado de mensagens por semana", disse Walter Ulrich, que
ajudou a desenvolver um dos primeiros sistemas comerciais de e-mail,
chamado OnTym, que já desapareceu há muito tempo. Atualmente, bilhões de
mensagens são enviadas diariamente.
30 anos de e-mail: no princípio, uma nota para si mesmo
Ray Tomlinson desenvolveu o primeiro sistema para envio de e-mails entre
computadores em 1971 e 72. Em uma recente troca de e-mails com Katie
Hafner, ele discutiu sua própria experiência com a mídia.
TNYT: Para quem você mandou sua primeira mensagem por e-mail? Para você mesmo?
Tomlinson: Sim, para mim mesmo. As duas máquinas estavam lado a lado com
consoles a cerca de 4,5 metros de distância. Eu digitava a mensagem em
uma máquina, ia até a outra máquina e examinava minha caixa de mensagens
para ver se ela tinha chegado. Quando finalmente funcionou de forma
confiável, eu enviei uma mensagem da máquina de desenvolvimento (chamada
BBN-TENEXB) para todos os usuários em meu grupo na máquina de produção
(BBN-TENEXA) descrevendo o que eu tinha feito, incluindo o uso da @ para
separar o nome do usuário do nome do host.
TNYT: Você se lembra de quando o e-mail começou a ser uma parte significativa do seu dia a dia em frente ao computador?
TomlinsonEu acho que sempre utilizei o e-mail na maior extensão
possível. O que mudou foi a extensão. Eu não posso dizer que houve um
momento em que ele se tornou "significativo".
TNYT: Então não houve um momento em particular em que você se sentou
para utilizar o e-mail e disse para si mesmo: "Ei, como isto é
importante"?
Tomlinson: As pessoas costumam não perceber algo que está sempre
presente, e foi assim comigo em relação ao e-mail. Somente quando você e
seus amigos escritores apareceram antes da comemoração do 25º
aniversário da Arpanet, em 1994, foi que pensei no e-mail e no que eu
tinha feito.
Por algum tempo, eu esperei que fosse surgir alguém para também
reivindicá-lo. Até o momento surgiram duas reivindicações destas, que eu
saiba. Em uma delas, Timsg, da Texas Instruments, alega ter enviado um
e-mail entre computadores em 1967. Pode até ser, mas eu duvido que tenha
sido um e-mail como nós o conhecemos. Há uma reivindicação mais vaga de
uma universidade canadense (eu não me lembro qual). Em ambos os casos,
eu me pergunto o que teriam utilizado como rede. Os sites da Arpanet na
época eram poucos e não incluíam nada disto. Outras interconexões de
computadores eram um tanto improvisadas e para propósitos específicos, e
eu não as caracterizaria como redes.
Depois de algum tempo, comecei a perceber que este lance de e-mail foi
uma coisa legal de ter sido feita. A história que mais me diverte foi
quando meu nome e e-mail apareceram no programa "Jeopardy" alguns anos
atrás. Minha mãe era uma fã do programa, e ela disse ter ficado feliz
quando finalmente apareceu uma resposta para a qual ela sabia a
pergunta.
TNYT: Parece que todo mundo tem um estilo diferente de escrever e-mails.
Algumas pessoas tendem a ser muito sucintas, e outras tendem a divagar e
divagar. O seu estilo, pelo que notei ao longo dos anos, tende mais
para o primeiro do que para o segundo. Você concorda? O seu estilo de
e-mail mudou muito?
Tomlinson: Não é só meu estilo de e-mail -grande parte do que escrevo é
sucinto. Eu tento forçar a mim mesmo a dizer a mesma coisa de três ou
quatro formas diferentes. Eu digo para mim mesmo que eu posso saber o
que estou escrevendo, mas os leitores não, e cada um responde de forma
diferente. Apesar de acharem que sabem o que estou dizendo após a
primeira leitura, a reconstrução da frase subseqüente tende a confirmar
ou provocar uma revisão do entendimento. Assim, se eu estiver sendo
sucinto demais, me diga.
Eu não acho que meu estilo de redação (de e-mail ou não) mudou muito. Eu
ainda gosto de sentenças completas que sejam gramaticalmente corretas e
sem erros ortográficos. Nem sempre eu consigo isto, e é irritante ler
uma mensagem que eu enviei e encontrar erros. Eu sei que sempre como
palavras no e-mail, não por opção, mas porque é a forma como meu cérebro
trabalha. Eu suspeito que muitas pessoas têm o problema de digitarem
mais lentamente do que pensam. Conseqüentemente, elas ficam
ressincronizando seus processos de pensamento com o que escreveram até
então, e combinam uma parte posterior do pensamento com uma parte
anterior que digitaram. Muitas vezes a combinação se baseia no som ou no
aspecto das palavras. Provavelmente deve haver alguma tese de mestrado
que analise os padrões de erros em e-mails.
Eu tenho um correspondente por e-mail que é exatamente o oposto -ele
deixa de fora o máximo de palavras possível, soletra erradamente a
maioria das restantes, e a gramática é atroz. Cortar palavras tende a
provocar isto. Eu acho tais mensagens muito difíceis de ler e entender,
em parte porque nem tudo está lá, mas também porque eu fico editando
mentalmente a mensagem dele para corrigi-la.
TNYT: Eu presumo que você receba muitos e-mails diariamente. Quantos?
Quantos são de estranhos que querem escrever para o pai do e-mail? Você
responde a estas mensagens de fãs? Você recebe muito spam (mensagem
indesejada) diariamente?
Tomlinson: Eu recebo muitos e-mails. Ontem eu enviei 14 e recebi 150
mensagens -8 delas eram spam, 60 eu não li (mensagens automáticas cujo
assunto diz tudo). É seguro presumir que as 14 que enviei resultaram em
uma resposta correspondente ou dúvida que eram mais importantes do que
as outras mensagens que recebi.
Eu recebo poucas de estranhos. Eu acumulei 438 mensagens de estranhos,
escritores, repórteres etc., ao longo dos últimos três anos. Isto dá uma
média de três por semana.
TNYT: Como você filtra todas estas mensagens?
Tomlinson: No momento eu não estou filtrando o spam.
TNYT: Como você acha que a atual fobia postal afetará o volume de e-mails?
Tomlinson: Eu não acho que a fobia postal terá muito efeito imediato.
Ela estimulará algumas conversas baseadas em Internet ou e-mail, mas
tais conversas tomam tempo. Eventualmente haverá um efeito, mas teremos
que esperar um pouco para vê-lo se destacar da variação normal de
tráfego de e-ma
Fonte: TNYT ( New York Times ).
Qual foi o primeiro notebook da história da informática?
Hoje, utilizamos computadores
portáteis o tempo todo. Temos nossos tablets e netbooks à disposição
nos trens, metrôs, ônibus, nos parques e onde mais quisermos. Mas como
surgiram os computadores portáteis?
O primeiro modelo de notebook foi inventado em 1981, por Adam Osborne, considerado o pioneiro dos computadores portáteis. A invenção de Osborne ficou conhecida como o primeiro computador totalmente portátil da história.
A máquina tinha tela de 5”, pesava aproximadamente 12 kg e cabia embaixo
do banco de um avião. O aparelho recebeu o nome de Osborne 1 e vendeu
cerca de 10 mil exemplares.
Depois disso, já no ano de 1982, a Compaq lançou o primeiro computador
portátil compatível com o IBM PC, que na época era a referência em
desktops. O computador chegou ao mercado custando U$ 3.500,00.
Em 85, chegou ao mercado o TRS-80, da Radio Shack, que foi o primeiro
notebook dobrável, como os modelos que utilizamos hoje em dia.
Em 1989, a Apple lançou o Macintosh Portable.
Depois de 1990, esse modelo se tornou popular, agradando os consumidores
com sua capacidade de memória, monitores coloridos e, claro, a
possibilidade de transporte fácil e prático.
Em 1994, chegou ao mercado o primeiro notebook com drive de CD; e em
1997, os computadores portáteis também já contavam com drive para
leitura de DVDs.
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